PRIMEIRO TRIMESTRE DA GRAVIDEZ – gestação de risco #trombofilia
Hora de falar sobre o primeiro trimestre da gravidez. Vou contar um pouco para vocês como tudo aconteceu, tudo que fiz nesse período da gestação.
Primeiro trimestre (4 semanas a 13 semanas de gestação)
A gestação é um momento único, quando se trata da gestação do bebê arco-íris então, é uma mistura de medo, fé, alegria, amor e muita força.
Meu foco foi conseguir as injeções, exames, e ter um pré-natal digno, sem negligência médica. Tudo que poderia fazer para não ser negligenciada e ter a certeza que estava fazendo o certo.
O POSITIVO – 5 semanas
Como vocês sabem, descobri a gestação com 5 semanas. Fiz um teste de farmácia, desses baratinhos mesmo. Nossa que emoção… POSITIVO!!!!!!
Gravei o vídeo antes de ir para a clínica, que emoção gente. Post e vídeo, assista aqui.
AÇÃO!!!
Positivo na mão, hora da ação hahah.
Corri para iniciar os trabalhos. Já tinha tudo em mente…
- Fazer o beta e confirmar
- Ultrassom transvaginal para confirmar e dar entrada no pedido das injeções pelo SUS
- Iniciar o protocolo de tratamento para trombofilia
- Pegar receita e laudo médico para conseguir as injeções
- Tudo em mãos, viajar para dar entrada no pedido da medicação
- Iniciar o pré-natal de alto risco
- Consulta com cardiologista
- Consulta com obstetra de alto risco
- Consulta com angiologista
- Primeira bateria de exames laboratoriais
PREPARAÇÃO
Toda essa preparação foi fundamental, pois na hora do positivo a emoção toma conta, uma mistura de alegria e medo.
Gestação de quem tem trombofilia é repleta de cuidados, estar preparada é muito importante.
Acho que essa foi a primeira foto que tirei grávida. Estava com umas 7 semanas.
PRIMEIRA ULTRASSOM
Ultrassonografia Transvaginal (nessa fase, até as 10 semanas só a transvaginal)
Fiz a primeira ultrassom com 5 semanas, vimos o saco gestacional e a vesícula vitelínica.
Nessa fase ainda não tem batimentos, nem é possível visualizar o embrião. O ideal é fazer com 7-8 semanas.
Fiz logo pois necessitava dessa ultrassom, para dar entrada nas injeções pelo SUS. Onde fiz o pedido é necessário uma ultrassom com o tempo de gestação, mesmo que não tenha batimentos ainda e nem embrião.
Mas depois teria que repetir com 8 semanas para confirmar a gestação.
CONSULTA COM O CARDIOLOGISTA
Como tive picos de pressão após perder a Nina, eu comecei um acompanhamento com o cardiologista. Minha pressão normalizou após alguns meses, não foi necessário o uso de medicamentos.
Assim que soube da gravidez, já corri e fiz uma consulta com o cardiologista, para ele me acompanhar na gestação, passar os exames necessários.
Fiz o eletrocardiograma, ecocardiograma e o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial).
Tem vídeo sobre o MAPA, mostrei para vocês como foi. Post e vídeo, assista aqui.
INJEÇÕES
Já tinha me preparado, então tinha bastante coisa, consegui doações de injeções para iniciar o tratamento assim que tivesse o positivo.
PRIMEIRA PICADINHA DO AMOR
Iniciei com 5 semanas de gestação.
Quem lembra desse vídeo? Emoção!!!!! Post e vídeo, assista aqui.
ULTRASSOM COM 6 SEMANAS E O SUSTO
Como fiz a primeira ultrassom com 5 semanas, tinha que repetir com 7-8 semanas pra ver o embrião, batimentos e confirmar a idade gestacional.
O médico faz as contas do tempo de gestação pela primeira ultrassom com embrião e batimentos.
Só que eu fui apressada, não esperei as 7-8 semanas, repeti com 6 semanas e alguns dias. Tomei um baita susto, pois o médico achou que não estava evoluindo e poderia ser uma gestação anembrionária.
Ele não visualizou o embrião eu deveria repetir com uma semana.
Nesse vídeo explico tudo. Post e vídeo, assista aqui.
Tive que esperar mais uma semana e repetir a ultrassom, claro que com o coração na mão haha.
Na hora da ultrassom ficamos muito emocionados, que alegria ouvir os batimentos e saber que sim, estava tudo bem!!!!!!
DIFERENÇA ENTRE DUM E ULTRASSOM
Pela DUM (data da última menstruarão) estava com 7 semanas, pela ultrassom com 6 semanas.
Deu uma diferença de 1 semana.
SANGRAMENTO – 10 semanas
Com 10 semanas tive um pequeno sangramento.
Estava em casa, era umas 20h, quando fui no banheiro e o papel estava sujo de sangue. Na hora gelei, pensei meu Deus e agora? Aqui não tem emergência do meu plano, então teria que ir na maternidade onde perdi minha filha, e nem tem tanta assistência lá.
Com calma, larguei tudo que estava fazendo, e fui deitar. Fiquei tentando me manter calma, e esperando meu marido chegar.
Pensei, se o sangramento continuar vou na emergência, caso fique assim fraquinho, amanhã cedo faço uma ultrassom na clínica.
Jantei e fui dormir.
No outro dia mandei mensagem pra médica, e fiz uma ultrassom transvaginal. Estava tudo bem, sem hematoma, descolamento, nada. UFA!!!!
Ouvir o coração do bebê foi um alívio.
O sangramento estava bem levinho, e logo passou, foi só um susto.
A cor era vermelho vivo, mas foi bem leve.
Isso pode acontecer com qualquer uma, não só pelo uso das medicações, afinal minha irmã nunca usou enoxaparina e teve sangramento nas duas gestações.
MORFOLÓGICA DO PRIMEIRO TRIMESTRE E TRANSLUCÊNCIA NUCAL (TN) COM DOPPLER
MORFOLÓGICA + TN (é feita entre 11 a 13+6 semanas)
ATENÇÃO!!!!!
SÃO MEDIDAS DIFERENTES!!!!!!
O médico deve colocar os nomes separados no pedido, colocar no pedido [Morfológica com doppler, TN transluncência Nucal, e que é com doppler. Pois em muitas clínicas se não estiver assim, o exame não é feito completo.
Aconteceu isso comigo… No pedido da médica estava escrito MORFOLÓGICA COM DOPPLER, achei que era com a TN junto. Mas não, a sorte que perguntei a recepcionista. Como estava no hospital do plano, fui até a ala da emergência, pedi a medica de plantão a guia de TN, pois não moro na cidade, e iria perder o dia do exame, ela me deu. Fui e fiz tudo.
MEDIDA DO COLO UTERINO
Também deve ter no pedido, ultrassom transvaginal com medida do colo.
A medida do colo vai avaliar se a gestante tem colo curto, e necessita de uma cerclagem, para prevenir parto prematuro, devido a Insuficiência Istmocervical (IIC)
No meu pedido não tinha, achei que era junto e o médico não fez. Tive que ir na consulta e pedir pra médica, consegui fazer com 16 semanas, no próximo diário de gravidez explico essa parte com mais detalhes.
MORFOLÓGICA + TN + DOPPLER
Com 12 semanas fiz a morfológica do Primeiro trimestre, com doppler e a transluncência nucal.
Toda gestante precisa fazer, infelizmente nem todos os médicos passam. NÃO ACEITE NEGLIGÊNCIA.
IMPORTÂNCIA
MORFOLÓGICA E TRANSLUNCÊNCIA NUCAL
A morfológica avalia as possíveis alterações genéticas, anomalias fetais, cromossomopatias, síndromes genéticas.
Permite identificar bebês que têm uma maior chance de desenvolver malformações cardíacas.
No exame o médico verifica se existe alguma alteração, nos marcadores fetais para os riscos de doenças genéticas.
É avaliado a translucência nucal, osso nasal e o ducto venoso.
Além da avaliação placentária.
A medida da translucência nucal, é um dos principais marcadores cromossômicos para trissomias, mostrando se o bebê tem risco alto ou baixo de desenvolver alguma síndrome genética.
DOPPLER
Análise do doppler das artérias uterinas no primeiro trimestre da gestação, para predição de pré-eclâmpsia, restrição de crescimento, parto prematuro…
O doppler é de extrema importância nessa fase da gestação, pois é através da análise das artérias uterinas e cálculos de valores de IP (índice de pulsatilidade) e IR (índice de resistência), que os médicos poderão avaliar os risco que a gestante tem, quais as chances dela desenvolver pré-eclâmpsia e outras complicações.
Assim as gestantes de risco serão identificadas, e tratadas da maneira correta, para prevenir possíveis desfechos ruins na gestação.
Essas mulheres serão tratadas de forma profilática, com AAS- ÁCIDO ACETILSALICÍLICO, cálcio, magnésio, vitamina D, ômega 3, todo o protocolo de prevenção da pré-eclâmpsia.
A melhor forma de prevenção é fazer o doppler no primeiro trimestre, já que muitas mulheres primigestas, desenvolvem pré-eclâmpsia.
Outro fator importante é que, quanto mais cedo for descoberto e tratado, mais chances para a mãe e bebê. Por isso a importância da prevenção e acompanhamento adequado.
EXAMES QUE FIZ NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO
Vocês sempre perguntam os exames que fiz no primeiro trimestre, coloquei todos na lista para vocês baixarem, e facilitar na hora de identificar os que vocês fizeram ou faltam fazer.
(Lembrando que cada caso é um caso, veja com seu médico.)
LISTA COMPLETA DE EXAMES QUE FIZ NA GESTAÇÃO!!!!
Desses exames só não fiz no primeiro trimestre o Anti Xa e Dimero D, pois na cidade que moro não, faz, viajei para fazer, mas não consegui, fiz no segundo trimestre. Mas coloquei na lista por conta da importância, ele deve ser feito com 12 semanas.
PESO E ALIMENTAÇÃO!!
Outra dúvida de vocês, meu peso.
Até o final do primeiro trimestre, tinha engordado 800 gramas.
Tenho 1,54 de altura, engravidei com 50kg.
Mantive minha alimentação saudável, e fiz caminhadas.
Dessa vez como pago o plano de saúde, não deu pra fazer pilates. Massss pilates é vida, se puder faça.
Gente fiz o vídeo contando como foi o primeiro trimestre. Não deixem de assistir e claro deixar seu like.
Deixe nos comentários como foi seu primeiro trimestre, me conta.
APERTE O PLAY PARA ASSISTIR AQUI, OU ASSISTA PELO NOSSO CANAL NO YOUTUBE.
NÃO ESQUEÇA DE AVALIAR O VÍDEO E SE INSCREVER.
Gostou do vídeo?
Então não esqueça de se inscrever no canal RESENHAS DA ALINE e deixar seu like. Isso ajuda muito o canal, compartilhe também.
Conto com o seu apoio. Assim fico animada para gravar mais e mais.
Se você gostou desse post, leia também: Bebê arco-íris
Obrigada por assistir!!!
MEU INSTAGRAM @resenhasdaaline
Minha caixa postal
Para envios de correspondências e entregas:
Aline Vieira
Caixa Postal: 227
CEP:44380-000
REFERÊNCIAS
Alves, J. A. G. et al. Doppler das artérias uterinas de primeiro trimestre na predição de pré-eclâmpsia. FEMINA Out, 2009. vol 37, nº 10.
Demers, S. et al. First-Trimester Uterine Artery Doppler for the Prediction of Preeclampsia in Nulliparous Women: The Great Obstetrical Syndrome Study. American Journal of Perinatology Vol. 36 No. 9/2019
Orosz, L. et al. Screening for preeclampsia in the first trimester of pregnancy in routine clinical practice in Hungary. Journal of Biotechnology Volume 300, 20 July 2019, Pages 11-19.
<
p style=”text-align: justify;”>Reis, Z. S. N. et al. Pré-eclâmpsia precoce e tardia: uma classificação mais adequada para o prognóstico materno e perinatal? Rev Bras Ginecol Obstet. 2010;32(12):584-90.
