Negligência médica ou fatalidade?
FATALIDADE: Aquilo que não se consegue evitar; fado ou fatalismo… Destino?
Quando uma mãe perde um filho, ela começa a ouvir de todos os lados a palavra FATALIDADE, do médico, dos amigos, da família, até ela passa a usar essa palavra, na tentativa de sobreviver e aceitar a situação.
Também achei que era fatalidade, mas hoje sei que em muitos casos não foi fatalidade e sim NEGLIGÊNCIA MÉDICA.
Quando usamos a palavra fatalidade, deixamos de buscar respostas, e essa tal fatalidade pode se repetir, além de atingir outras mulheres, que poderiam ser alertadas.
Chega de negligência, bebês e mães morrem todos os dias… Ninguém faz nada.
Até quando vamos achar normal, que 1 em 4 mulheres perdem seus filhos?
Até quando vamos achar normal e dizer que é fatalidade? A pré-eclâmpsia ainda é a principal causa de morte materna no mundo, a diabetes gestacional (DG) é a principal causa de morte fetal, mas são negligentes no atendimento e pré-natal, tudo poderia ser evitado.
Não é FATALIDADE!!!!!! É NEGLIGÊNCIA MÉDICA!!!!
- Não é fatalidade quando um bebê morre, porque o médico não sabe avaliar os batimentos fetais.
- Não é fatalidade quando um bebê morre, porque não tinha leito na UTI.
- Não é fatalidade quando um bebê morre, porque o médico não prestou atenção no tamanho do colo do útero, não fez cerclagem e aconteceu um parto prematuro extremo.
- Quando não passam os exames de glicemia e avaliam corretamente uma mãe com DG.
- Quando mandam uma paciente com a pressão 14X10 para casa e diz que ela é muito ansiosa, no outro dia o bebê morre na barriga.
- Quando a mãe vai na maternidade e diz que não sente o bebê mexer, que tá com dores, mas fazem pouco caso e mandam para casa, dias depois o bebe morre.
- Quando não fazem ultrassom com doppler, ou quando fazem não sabem interpretar o resultados.
- Quando fazem ultrassom, tem muita resistência nas artérias, mas coloca no laudo que tá tudo normal.
- Quando dizem que um bebê com restrição de crescimento é pequeno, porque os pais são pequenos, não faz um acompanhamento adequado.
- Quando diz que um bebê muito grande é normal, não passa exames para avaliar DG.
- Quando uma mãe tem picos de pressão, já está com 12×8, mas não fazem o MAPA (Monitorização ambulatorial da pressão arterial), nem passam medicação.
- Quando esperam 3 perdas gestacionais, para fazer os exames de trombofilia.
- Quando mandam uma mãe, com o bebê centralizado, ou com diástole zero/reversa pra casa, sabendo que o bebê vai morrer.
São tantos casos, tantos… Fico revoltada com tudo isso.
Tanta coisa errada, tanta negligência médica disfarçada de fatalidade.
Até quando seremos coniventes?
Por que aceitamos tudo isso?
Além de tudo tentam silenciar as mães, dizendo que é assim mesmo, que acontece… Na próxima vai dar certo. Como se nossa dor fosse sumir.
Parem de matar nossos filhos!!!!!! Basta de tanta Negligência Médica!
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