Vamos falar do “SE”
É incrível como as pessoas tem a solução para tudo. Mas só depois que acontece.
É um tal de SE você tivesse feito isso…
SE você tivesse ido para outro lugar…
SE você tivesse escolhido outro médico…
E por ai vai!!!
“Há porque eu em sem lugar teria feito tal coisa”…
Depois que tudo acontece todo mundo vira médico, todo mundo é especialista.
Todos tem uma indicação para te dar.
Questionam o que você conta, dizem “Tem certeza que foi assim?”, “Eu acho que mão foi assim não”.
Daí voltam para o “SE”…
É que SE você tivesse escolhido outro lugar, SE tivesse feito assim, SE tivesse olhado antes, SE tivesse cuidado mais…
DEIXA eu contar uma coisa!!!
TODA mãe que perde um filho, TODAAAAAAA, acaba se culpando pelo que aconteceu, pelo menos em algum momento.
Ela pensa nas diversas formas que poderia ter evitado essa tragédia.
O “SE” vive na cabeça dela.
É muito difícil ela entender que fez o possível, que tem coisas que não dependiam só dela, e que as vezes por mais que você faça tudo, o pior vai acontecer.
São tantas histórias de mães que se culpam, que sofrem por acharem que não fizeram o bastante.
O “SE” já maltrata muito, então não precisa colocar mais SE na cabeça de ninguém.
Se não ajudou antes, não deu dicas, conselhos. Não venha dar agora, pois não vai resolver nada.
E se deu conselhos, mesmo assim não vá questionar, só vai trazer mais dor.
Acredite, ela já sofre demais, uma dor que terá que conviver para o resto da vida.
Nada vai trazer o bebê de volta. Então vamos deixar o SE pra lá.
Ninguém é dono da verdade, ninguém pode prever tudo.
Algumas coisas vão acontecer, independente do que você faça.
Não depende só de você.
Gravei um vídeo falando sobre o SE que ronda nossa cabeça, o quanto a gente se questiona, e o quanto dói ouvir isso das pessoas, espero que vocês gostem.